PRECISO

 

 

Preciso me encher de beleza

de onde nascem os lírios,

onde a mãe natureza

desabrocha seus filhos.

 

Preciso me encher de beleza

quando canta o galo,

tangendo no silêncio da madrugada

seu coração alado.

 

Preciso me encher dessa beleza

que não dá culpa,

que não dá lágrima.

Que, como um sonho sorrindo

me passe todas as falas

dos animais, das flores e do infinito

onde jamais as estrelas se calam.

 

Preciso dessa beleza

para respirar, para viver.

 

Por favor, não fechem minha janela

para esse sol que me viu nascer.

 

                                                                                  (Republicacao de 2016, que dedico

                                                                                   ao meu amigo escritor Bernard Gontier)

 

 

Lúcia Constantino
Enviado por Lúcia Constantino em 10/09/2023
Reeditado em 10/09/2023
Código do texto: T7882106
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