Larvas
Larvas,
Vermes desvairados.
Num frenesi macabro,
Carniceiros exaltados.
Sob o luar morto,
Dançam em euforia,
Entranhas expostas,
Em blasfêmia orgia.
Se alimentam das vísceras,
Sem pensar.
Guloseimas nojentas,
Não cessam de apreciar.
Entranhas putrefatas,
Sua única iguaria.
A morte os nutre,
A vida não tem valia.
Não há limites,
Para tanta depravação.
Larvas grotescas,
Prontas para a consumação.
Olhos vazios,
Sem expressão.
Rastejam lentamente,
Vergonha da criação.