EMBALO NOTURNO

Sonho que surge
na noite
que nasce sorrindo
no fim da esperança...
Sofisma que canta
morrendo
nos lábios
de uma lembrança...
Vozes que geram
encantos.
Olhos que enxugam
prantos.
Saudade que vem.
Ilusões que partem.
Mãos que dizem paz
em tempos de trevas
na noite
que morre cantando
no céu
luzindo
uma estrela sozinha....


Ipuã, 24 de maio de 1968.