Sóis amarrotados

A esquina da lua parece reta
Roubo alguns ramos do pé de vento
Sois azuis buscam melhor futuro
Eu quero pular este muro, e não
voltar, nunca mais...
Carmas, destinos mal traçados.
No tapete do meu quarto, vejo
a sombra do teu passo largo.
Antepostos nas ruas mal vestidas
Almas amarrotadas, confusas.
Climas, temporais, assombrações
Quero o teu verso torto,ele me
acalma, acelera o meu pulso.
Desfilam nos céus demoníacos,
a tua imperfeição... Raios e trovões.
Nada pára, além do maluco relógio
Vem maluco, vai tempestade!
De pulso amputado ao pé do vento,
Rabisco este canhoto momento.
Contentamento sem vontade arde
Vem maluco, arde tempestade!
Na garça morta, sem graça que aplaude
Ensurdeço o teu ouvido, e te aflijo.
Antítese de vida que segue tarde
Vem tempestade... É muito cedo para
morrer de tédio.


Denise Severgnini
LuciAne

A idéia é completar a Poesia cubista com um dueto transformando em poesia com rima, e deixar outra poesia cubista para o próximo.O titulo quem coloca é quem faz o dueto!

A esquina da lua parece reta
Sois azuis buscam melhor futuro
Carmas, destinos mal traçados
Antepostos nas ruas mal vestidas
Climas, temporais, assombrações
Desfilam nos céus demoníacos
Nada pára, além do maluco relógio
De pulso amputado ao pé do vento
Contentamento sem vontade arde
Na garça morta, sem graça que aplaude
Antítese de vida que segue tarde

Denise Severgnini