Mesa de bar

Sei não, mas essa amargura

Essa sensação de mal-estar

Causam-me terrível desconforto,

Solidão e desespero, intrínseco

Nesse olhar.

Sei não, mas esse copo de cerveja

Essa taça quebrada na lembrança

Levam-me ao pessimismo, abismo

De quem busca a pujança no sonhar

É verdadeiramente sóbria ao caminhar

Mas essa dor que me corroe, me faz

Pensar que essa tristeza nunca

Vai acabar e reprime meu viver

E ordena-me na beleza não mais pensar

Distante talvez seja o melhor lugar

Para derramar essas lagrimas,

Essa emoção prazerosa, olhar sem prosa

De quem nunca soube amar

Mas sei que depois sorrindo voltará

Querendo outra vez amar... Mas

“Agora é tarde... Inês é morta” atrás

Da porta e não adianta chorar.

R J Cardoso
Enviado por R J Cardoso em 05/02/2008
Reeditado em 05/02/2008
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