Horas brancas/horas negras


Vivo  indouto,  entre
horas  brancas e horas negras.
De  ambas   recolho
sombra  e   luz,
prazer  e  dor.
Numas  me  sacio,
noutras, visto  a  fome.
Transito
pelos palcos da vida.
Com  o  mal  contraceno,
mas  o  bem,  enciumado
grita: obsceno,  obsceno!
Sou  mísero  instante,
pária  do  tempo.
Que a  coragem dos  deuses
me  cubra e me dê  suporte,
livrando-me do choro covarde
no frio instante da morte!


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jray
Enviado por jray em 07/02/2008
Reeditado em 04/04/2008
Código do texto: T849970