QUASAR

Sigo as pegadas da primavera e de suas ligações lúdicas

com as flores neste universo triste

Acompanho a luz do sol nas rotas soturnas a desfazer os invernos e as sombras dos vales

Caminho com suas luzes, que atravessam os tempos e o espaço para aquecer os planetas

Entendo como ninguém o brilho frio da lua e sua solidão crepuscular e

ainda escuto suas intimidades com os poetas.

Decifro o brilho de cada estrela e sei o que dizem aos sonhadores

Aflige meu coração, os gritos da natureza violentada

Vejo seu sangue escorrendo nas vestes rasgadas de suas matas

Sigo os passos desgovernados do homem a desconstruir o equilibrio da vida

Há um universo de sensações em mim

Que me liga fisicamente ao cosmo, pulsando com os quasares

Do infinito