CIÚMES

Bate na porta

De leve e pesado

Um ciúmes trancado

Bate o gelo

O medo, o pensamento chato

Irônico e abstrato

A porta não abre

O que era leve já tenta ser magro

Se controlar de imediato

Silenciar a mente

Soltar um riso debochado

Como se fosse capaz disso

De parar de questionar o imaginário

O tempo passa a ser contado e arrastado

A espera a ser longa

Mas algo tranqüiliza: a confiança

O que tortura é o seu oposto

Terás o outro medo ou gosto pelo pecado?