DUNAS E CURVAS
Tens como amante o vento
que sopra levando para longe dos que insistem
em contemplar tuas curvas por mais que instantes.
Transforma-te em grandes montes que de repente mudam,
provando que o que se viu, não será mais o que se verá.
Será ilusão de uma visão castigada pelo sol que não dá trégua
aos viajantes por também ter ciúme de ti.
Ou és assim mesmo por natureza inconstante?
Tuas curvas possuem o desejo de bailar ao menor sopro
infladas pelo fogo que arde em ti.
Não precisas de motivo e ainda culpa o sol quente por ti fazer agir assim.
Baila confundindo-se com os véus da moças.
Mas não igualar-te as cores e leveza, do tecido tênue e da moça faceira.
Ela dança na tentativa de aquecer seu corpo frágil,
E dá ânimo aos que a vêm bailar
Para fugir do frio que em parte é tua culpa.
Tens a qualquer hora o vento... Oh! Duna,
pois faz dele teu mais querido subjugado.
Mas o calor do dia, do Sol teu amante preterido,
é a tua maior tristeza, não consegue tê-lo por muito tempo.
Ele escapa das tuas mãos,
Sente-te frustrada, porque não descobriu como retê-lo em ti.
E nem descobrirás.
À noite ele se ocupa de outra musa,
Já ouviste falar da Lua?
Disponível em áudio, aos amantes de uma voz que mais parace mel puro, ouçam a minha amiga Sunny Lóra, que gravou em áudio, se quiserem ouvir Dunas e Curva...siga o link.
Bjus Sunny...e obrigada.
http://www.recantodasletras.com.br/audios/poesias/10110