TRANSFORMAÇÃO

Castiguei meu corpo culpando-me pelas culpas alheias.

Sofri, amarguei. Até que descobri a feiticeira em mim.

Ela encontrou solução para os problemas.

Decifrou enigmas.

Os labirintos... ela os fez parecerem brincadeiras de criança.

Ela libertou-me dos pesadelos.

Exorcizou fantasmas e demônios.

Com magia transformou toda tristeza em alegria.

Fez da minha vida só poesia.

Foi um remédio amargo que precisei tomar.

Sobre brasas tive que caminhar e sobre pregos me deitar.

A transformação foi lenta.

Fiquei presa a uma crisálida um tempo enorme.

Presenciei mudanças enquanto me transformava.

Calada ou me rebelando sujeitei-me ao aperto do casulo amigo.

Um dia descobri que criara asas e que elas me levariam a espaços sequer sonhados.

Pronto! Nascia uma borboleta!

A lagarta não mais se arrastaria.

Lindas asas me levariam ao encontro de meus sonhos.

SONIA DELSIN
Enviado por SONIA DELSIN em 28/02/2008
Reeditado em 13/04/2011
Código do texto: T879265
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