Cria Maldita
A insônia se rebela contra a criança mais bela,
tentando trancar nas horas infinitas de sono,
suas escolhas e seus planos.
São as maldições de uma eterna luta contra o que não se pode ver,
tocar ou ouvir.
Só se prende na essência dos seus súditos
as certezas de um enorme e lúgubre refúgio,
que certo de sua segurança, desmorona sobre as infantis cabeças.
Eram a sua continuação,
sua cria maldita,
enterrada nos porões.
Agora, sem descendente,
abre-se as células dos rituais matinais
e solta-se os rebentos escravos famintos de poder.
E o mundo se volta contra o mundo,
a procura de novos encantos inúteis e pálidos
para procriar as novas raças.
E disso tudo o que importa?