MOINHOS DE VENTO
Que doce liberdade me consome
Ser minha própria direção
Ser o meu próprio leme
Ser o meu porto aberto
Minha indefinição
Ser o meu próprio ego
Ver a minha imensidão
A minha ferida aberta
E a minha redenção.
Obrigo-me a um mergulho racional
Em águas profundas
Permito-me atingir o ponto “G”
de minhas Interrogações.
o gozo, o prazer imediatista
Objeto involuntário da paixão,
Como a boca seca no deserto.
Pedindo água,
Minhas extremidades em desejos
Me pedindo perdição.
Luta pois minha alma
batalhas intermináveis
Redemoinhos de loucuras
Moinhos de vento
Errando, pra acertar
Esse caminho errante.
Por que me amedronta
A idéia de ser livre então?
Se livre terei liberdade
Para enxergar a minha essência
As minhas fases
As minhas faces
Todos os meus “eus”
Provar meus sabores preferidos
Ficar somente comigo
E deixar ou não exposto
Os caminhos por onde andei.?
Não almeja minha alma
Mais que desejos e sonhos retorcidos,
Recolhidos ao “purgatório”.
Colocados em exílio
Pois que deixo meu coração explodir
Sentir essa dor ate mais não aguentar
Sofrer. chorar o que tiver pra chorar.
Mas, livre de mim
Poder então me libertar.
Impeça-me o destino de tal intento,
Essa tal de liberdade,
E morrerei de desgosto por causas Transcendentais.
a falta da segunda chance
Onde conhecerei galáxias e estrelas,
E amores interplanetários.
Como dói na alma essa visão
Cada minuto passado.
Cada passo elaborado.
Tudo teve seu tempo, seu momento
Seu êxtase, sou outra metade
Seu eu. sua intimidade obscura.
O ar que enche seus pulmões
E a terra que sepulta a vida
Ainda assim. não viu!
Oh. doce prisão.
Onde vejo somente o que quero
E desejo apenas o que tem em meu armário..
E mais seguro. não tem lobo mau
Não tem sonho..
............ Não tem verdade.
Essa visão de minha alma,
Me deu uma rasteira,
me tirou o tapete
Me colocou cara a cara comigo,
Recolheu todas as minhas desculpas
Jogou fora os cacos,
desatou os nós
Tirou o espinho da carne
Me mostrou o deserto,
Arrancou minha miragem
E meu deixou apenas uma saída.
..........................o fim. o recomeço,
a coragem
A vida.
Vem agora o próximo e mais difícil passo
Desfazer gavetas e malas,
separar detalhes.
Guardar em meus instintos
seu melhor carinho
Seu melhor beijo, seu maior sorriso.
seu maior prazer,
Seu melhor dia, seu melhor
Seu melhor.....
Nossa alma física, gêmea
Como dois em um, Enigmáticos,
pragmática fração do tempo
Que desanda nossos sentimentos
Fúndice aos pontos nervosos
de nossos desejos
E então somos um pouco de qualquer coisa
ou muito de coisa nenhuma.
Como se libertar?
Jeito insano de olhar no meu espelho,
me reconhecer, observar meus passos
Em minha própria direção.
Como não me receber de braços abertos,
Me fazer um afàgo.
Dizer a mim mesma:: Ta tudo bem!
Como não me pegar no colo.
Levar-me até a porta de saída
E me apresentar à vida?
Então, já esta tudo consumado
Não tem mais duas partes.
Duas metades
Duas vidas
Duas verdades
Faço ainda um testamento
Deixo pra você o melhor de mim,
o que deu pra te entregar
Minha história terminada
Meus contos de fada
Minha princesa e meu sapo
A minha bruxa malvada
Meu amor que já foi seu
Meu amor que agora e meu.
E um outro sonho pra sonhar.