O FIM DOS TEMPOS

A noite surge

acompanhada de anjos e demônios,

que rodeiam as lágrimas de diamante

que caem da Lua.

Lágrimas que lavam

o suor cansado da Terra,

escorrem por montanhas pálidas

e tocam rios secos de amargura.

Espalham reflexos de tristeza,

enquanto asas de corvo

florescem em cada ser humano

banhado pelo Sol de raios turvos.

A cada segundo

a morte parece tornar-se

mais exata,

e os filhos do universo definham-se

como uma pétala desgarrada

que foge de sua flor.

Multidões insanas

clamam por arrego,

o orvalho pediu férias

à mãe natureza.

As trevas entregam-se

absolutas e confiáveis,

e o Sol procura seu espaço

a cada segundo perdido.

Eu,

só sei esperar.