Violinos Ardentes

Vieram num desassossego passivo

Os violinos sedentos de melodia

Irrequietos ainda cantam a saudade que acalma

Trazem ventos e ventanias

Enquanto as almas nuas

Apasiguam volupias palpitantes

Que ardem!

Que quase queimam!

Em lençois lacrimejantes,

Cujo as lágrimas são estilhaços,

Choram por dentro

Caem em pedaços loucas de fantasia.

E não vou chorar o sangue nunca derramado.

E não vou olhar o que se perdeu.

Quero a palpitaçao dos violinos!

E vou apenas procurar na melodia do vento

O que o vendaval nunca me trouxe.

SophieVonTeschen
Enviado por SophieVonTeschen em 21/04/2008
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