Violinos Ardentes
Vieram num desassossego passivo
Os violinos sedentos de melodia
Irrequietos ainda cantam a saudade que acalma
Trazem ventos e ventanias
Enquanto as almas nuas
Apasiguam volupias palpitantes
Que ardem!
Que quase queimam!
Em lençois lacrimejantes,
Cujo as lágrimas são estilhaços,
Choram por dentro
Caem em pedaços loucas de fantasia.
E não vou chorar o sangue nunca derramado.
E não vou olhar o que se perdeu.
Quero a palpitaçao dos violinos!
E vou apenas procurar na melodia do vento
O que o vendaval nunca me trouxe.