BIO-MIMÉTICA. (IMITAÇÃO DA VIDA)

BIO-MIMÉTICA. (IMITAÇÃO DA VIDA)

Correr atraz do vil metal.

Morrer de alma tão chupada.

Para o inferno ou pra "Parsagada".

Uns vagam cegos outros voam.

Tu tes bengala, outra trilha.

Um não tem luz, outro brilha.

Querer voltar e não poder.

Outro, sua alma evolução.

Vive em outra dimensão.

Voa para um novo horizonte.

Um é bruto e distante.

Outro espírito brilhante.

Acordei pepino do mar.

Uma estranha criatura.

Ouriço ou estrela?

Quando tocam minha pele.

Endureço todo o cerne.

Carapaça epiderme.

Sei que posso curar.

Mal de Parkinson e afins.

Desse dom que trago em mim.

Micros eletrodos carrego.

Ajudam o sistema nervoso.

Endurecer é “mole pra mim”.

Sou filho dessa ciência.

Primo do ouriço e da estrela.

Que o homem já copiou.

Quero morrer muitas vezes.

Ser uma bela mimética.

Da natureza e do amor.

Acordo agora cigarra.

Criptografei minha vida.

De acordo com as estações.

Sinto o gosto da seiva.

Mudanças cíclicas acontecem.

Dentro do meu vôo ação.

Método de números primos.

Fazem o relógio e o destino.

Alçar meu vôo e surgir.

Meus ciclos sincronizados.

É meu relógio ajustado.

Para voltar e sair.

Posso nascer mariposa.

De olhos grandes e córnea.

Anti-reflexo da luz.

Painéis solares e cilício.

Fotoválticas células.

Que energia produz.

Meu olho gordo observa.

Minúsculas protuberâncias.

Tiram reflexo da luz.

Surgem os painéis solares.

Onde é mais energia.

Que essa vida conduz.

Posso nascer “Calêndulas”.

No solo estranho da lua.

Nesse jardim secular.

Sob rocha arnotosita

Sem medo de parasita.

Nesse cultivo lunar.

Posso nascer tantas vezes.

E morrer tantas vezes.

Sob o sol desse céu.

Ser a “Mimética” da vida.

Bio esperança parida.

Ser semelhança de “Deus”.

Honorato Falcon
Enviado por Honorato Falcon em 29/04/2008
Reeditado em 30/06/2011
Código do texto: T966899