GRITOS DO DESESPERO

Ainda ecoam na minha mente como tambores de guerra

Os gritos do desespero louco

E eu lembro-me apenas de correr

Os ramos das árvores batiam-me na cara,

Eram chicotes doidos!

E eu corria e corria naquele labirinto

As minhas pernas anunciavam o fracasso,

Mas não podia sequer prestar-lhes atenção.

Eu precisava fugir na imensidão daquela floresta.

Hoje corro tal como naquele dia

Pelos mesmos motivos de outrora.

Não tenho mais floresta,

Mas sinto-lhe o odor infernal!

Sinto o odor da mesma besta que me persegue,

De olhos fulgurantes e bafo hediondo…

Os ramos tentam rasgar-me a pele a cada passo.

Mas eu resisto.

Há agora espasmos profundos.

A minha respiração cessa.

Agora sim posso descansar!

SophieVonTeschen
Enviado por SophieVonTeschen em 15/05/2008
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