RHAM-TOTH
RHAM-TOTH
Essa insólita história começa
Nos primórdios da civilização
Onde tudo era grande mistério
Que nossa curiosidade atravessa
Pelos antigos tempos perdidos
Uma longa saga de redenção
Iniciada com o grande expurgo
Do planeta chamado Capela
Espíritos muitos foram trazidos
Por conta de sua perversão
Dos desígnios de Deus
Daí atrasando um passo
Na dura prova da expiação
Vieram como uma raça
Bastante evoluída
Mas aqui na terra confinados
Por uma vida mal cumprida.
Mesmo assim foram eles
O berço da civilização
Eram os grandes atlantes
Altivos e muito belos
Que assim como na construção
De um grande edifício
Tornaram-se as fundações
Deste sagrado elo
Existia entre eles
Um eminente sacerdote
Rham-Toth era o seu nome
E era aluno de outros grandes
Era uma esperança de cunho
Trazia nos decretos sacerdotais
A suavidade e legitimidade
Das leis, escritas e trabalhadas.
Com justiça em punho.
Ele convivia em relativa harmonia
Com sua vida e sua filosofia
Ao lado de sua bela amada
Que era seu braço mais forte
Ele era a chama
Ela era o archote...
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Eram tempos honestos
Limpos e precavidos
Pois todos sabiam
Sobre sua herança
Seu exílio neste plano
Mas para alguns
O saber era pouco
Era preciso mais
Usar ao seu favor
Ritos e forças descontroladas
Que traziam na lembrança
Daí em todos começou
O primeiro traço de sombra
A confiança no grande Deus
Em alguns corações desabou*
Diferenças e disputas internas
Sobre valores da comunidade
Sobre os sofrimentos e agruras
Apenas fachadas do mal
Em detrimento das leis eternas
As desavenças começaram
Alguns idealistas
Alguns protestantes
Mas todos insatisfeitos
As regras naturais das leis
Conscientemente manipularam
Trazendo o que para muitos
Parecia grande justiça
Mas com princípios degradantes
Nos primeiros anos todos sorriam
Ignorando o grande erro
Todos tinham sua vez
O uso do poder era tal
Que a natureza modificada
Demonstrava aos poucos
O viria a ser um retorno
Um futuro atemorizante...
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Detectaram as anomalias
Mas ignoravam as causas
Eram extremamente poderosos
“As fendas”,pensavam eles
Eram pequenas,de fácil corrigenda
Algo começava á faltar
Todos se reuniam
Faziam suas manipulações
“O que mais não recuperar?”
Mas coração é também pérfido
Das ultimas décadas
Fizeram a grande injuria
Renegaram e debocharam do criador
Pois eram “Deuses” aqui na terra
Começaram á cair a ultimas pétalas
Iniciou-se a grande dor
Doenças desconhecidas apareceram
Muitas sem cura
Todos estavam revoltados
Iniciou uma guerra civil
Pela luta do errôneo poder
Muitos faleceram
Tamanha concentração
De energia mal direcionada
Começaram os abalos
Na outrora bela terra
Pelos séculos, castigada
Não mais havia tempo
Todos iriam desaparecer
Houve quem se arrependesse
Mas como mudar o inevitável?
Como voltar-se á Deus assim?
Lava pelas ruas e montanhas
Não havia fim para o sofrimento
De repente, o RIMBOMBO
Rham-Toth foi tragado
Já havia perdido o seu amor
Adoecida,ainda jovem faleceu
Jurou vingança contra Deus
Em corpo crivado de ódio
Consumido em chamas
Daquela terra veio a desaparecer...
A força da crosta se vez imponente
A ilha toda era imenso vulcão
Com imensa explosão
Trazendo cinzas para o resto do mundo
A majestosa e agora lendária
A grande Atlântida teve fim...
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Dizem os registros eternos
Que o orgulhoso Rham-toth
Nasceu em outro corpo
Nas novas terras egípcias
De novo sentido de vida
Era filho de sacerdotes
Reaprendeu a língua do povo
O orgulho, ainda grande
Rapidamente quis subverter
Os jovens sentimentos
Trazer queda de novo
Mas seus planos foram burlados
Numa tentativa de revolta
Foi aprisionado
Tentando trazer os ritos proibidos
Traiu outros mais
Depois de morto
Nas trevas aprisionado
Depois séculos voltou
Num corpo bruto confinado
Pelos templários lutou
E pela primeira vez
Nessa sua sofrida lida
Algo por dentro mudou
Começava á sentir
Que perdeu algo na vida
Que lhe fez tão bem
Mas lá não se encontrava
Uma verdade foi asseverada
Sua amada não estava lá
Uma agonia o incomodava
Mas sem o seu saber
Entendia como frustrações
Dos seus mandos e desmandos
Seus grandes combates Seu
karma era muito pesado
Por isso,muito lutava
Não faleceu como mártir
Idoso, morreu falido e mutilado
Sete séculos se passaram
Voltou na altiva Inglaterra
Filho de grande fidalgo
Homem de cultura
Mas ainda á procura
Das antigas ciências
Não deu grande contribuição
Apesar de caráter magnético
Enveredou-se no mundo da luxúria
Usou e abusou dos amores
Mas no invisível
Muitos eram os que o perseguiam
Muitos eram seus credores
Mais uma vez teve triste morte
Com doenças que quase o aleijaram
Moribundo e doentio ele foi
Para o mundo dos terríveis temores...
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Sua altiva amada
No fim do velho continente
Não teve tão triste fim
Tinha sido dedicada
Ao marido distorcido
Era grande mãe e cidadã
Acreditava no futuro
E sabia que sua fé
Sua conduta não era vã
Nasceu poucos séculos
Em belas terras nórdicas
Onde antes foi Bélgica
Numa terra ainda nova
Onde sua eficiência moral
Foi colocada ás provas
Lutou por unificação
Mesmo com tantas diferenças
Povos revoltados de vida
Mas em vida contribuiu
Para o começo da cultura
Da jovem bela nação
Também sentia um vazio
Algo havia acontecido
Não conseguia explicar
Uma lacuna á ser preenchida
Um segredo á desvendar
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Em seus exercícios místicos
Viu uma sombra agonizante
Uma sombra que a perseguia
Era um ser que a sentia de longe
Para longe da luz
Á queria distante
Achava ela o havia traído
“És minha traidora”,dizia
Embora fosse bela e bondosa
A sombra não a poupava.
Livre ”dele” jamais seria
Mas ela era todo Amor
E jamais a machucava
Lances de luz ela o dava
E quanto mais ela o mostrava
Mais do bom caminho ele fugia.
Desencarnou em paz
Seu nome é desconhecido
Mas aquele povo
Muito lhe era grato
Foi bela dama
Forte e lutadora
Que deixou atos de valor
E lá como áureo espírito
Descobriu que aquela sombra
Não foi difícil reconhecer
Na qual não se livrava
Era tudo o que restou
Do seu (outrora) marido.
Reconhecendo largo tempo
E desceu seu olhar ás trevas
Seu coração era maior
Sabia que não o havia perdido
Rogou aos mestres cósmicos
Para o infinito amor
Que não o deixasse se perder
E veio a grande resposta
Sábia como ninguém havia falado
Que ele teria muitas chances
Que seu amor, ela iria reaver...
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Vieram as grandes provas
Como sacerdote egípcio
E mesmo com tantas quedas
Com tanta maldade
Ele começou á aprender
O valor de uma amizade
Salvou a vida de um serviçal
Que o serviria ate ser punido.
Como guerreiro medieval
Aprendeu o gosto do suor
Da digna obediência
E o hábito de servir
Na sua velhice
Foi tratado pelo mesmo servo
Da outra existência.
Das mulheres que usou
Na sua vida de fidalgo
Teve lapso do que é amor
Corajoso na doença
A cortesã foi sua aliada
Ate no fim dos seus dias
Junto ao seu tutor
Fadadas á doenças terríveis
Eles foram suas fieis companhias
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Dizem os registros eternos
Que Rham-Toth
Esta reencarnado entre nós
Em outra travessia de portal
Desde os dez anos
Tem visões de sua amada
Em declaração jurada
Falou que nunca o abandonaria
Tornou-se sua mentora
Quando pensou que estava esquecido
Lá na escuridão era acompanhado
Por dois guardiões Anúbis
Era protegido
Ele espera o reencontro
Nas mansões da luz
Com sua querida imortal
Hoje ele é melhor
Dizem que ele
É um humilde Espírita e Rosacruz
Viveu muitas vidas de dor
Mas nada foi em vão
Voltara para seus entes queridos
E para o ser que mais ama
...Seu grande Amor...