Em Coma

(minhas "poesias" são como letras de música)

Mentir é tão fácil

Quando não se tem aspas

As favelas nos morros, em seus pés descalços

Mas mentir sentimentos é pecado

E o que sinto é um telhado de plástico

O metal estupra

As paredes têm olhos

Pois esta é a verdade

As desgraças que alguém assiste em sua tela tão nítida

A pobreza em torno da miséria

Porque se os escravos eram iguais a nós

O metal estupra

Em tão em coma ela viu paredes

Em coma ela viu lugares

Em coma ela viu seus lares

Pronto pra alimentar as estacas

Em coma ela viu formigas

Em coma ela viu as trevas

Em coma ela viu nos sonhos

A minha cela

Porque as crianças ainda têm medo?

Do que elas temem afinal?

Talvez os contos infantis sejam histórias de discórdia

O escorpião de duas caudas

O caminho estreito pra uma morte calma se

O metal estupra

As rédeas que se perdem em minhas canções tão belas

As rédeas que se perdem quando eu monto a cela

Os cavalos fulgazes que engolem os perigos

Eles correm e esfolam seus inimigos

Pra não poderem ter mais rancor

O metal te estupra, te estupra

Como frida kahlo num céu dourado

aark cianwood
Enviado por aark cianwood em 29/01/2006
Código do texto: T105460