**A JANELA DO MEIO**

Esse olho estranho

que tudo vê, arranhando

as pálpebras exaustas do

óbvio...

Esse olho tamanho que

me consome um exército

de horas,

marchando reticências...

Esse olho, terceiro.

Esse olho, primeiro em mim.

Qual será o fim do meio?

Esse olho "meio" vesgo de

identidades, "meio" sôfrego

por verdades ocultas.

Tapo os meus azuis,

desatino os meus reais...

O terceiro me guia,

me faz companhia...

Espio,

mergulho...

imagens abissais

Luciane Lopes
Enviado por Luciane Lopes em 28/06/2008
Código do texto: T1055540
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