**A JANELA DO MEIO**
Esse olho estranho
que tudo vê, arranhando
as pálpebras exaustas do
óbvio...
Esse olho tamanho que
me consome um exército
de horas,
marchando reticências...
Esse olho, terceiro.
Esse olho, primeiro em mim.
Qual será o fim do meio?
Esse olho "meio" vesgo de
identidades, "meio" sôfrego
por verdades ocultas.
Tapo os meus azuis,
desatino os meus reais...
O terceiro me guia,
me faz companhia...
Espio,
mergulho...
imagens abissais