Viajante das estrelas

Este texto foi o primeiro disponibilizado na NET, encontra-se hoje em diversos blogs e sites de poesias, algumas vezes sem o devido crédito, o que é uma pena. O autor se remunera com o reconhecimento de seu nome. O bolso permanece vazio, mas o ego inflado agradece...

Poeta, Viajante das Estrelas

Meu destino é ser solitário,

coração errante,

eterno navegante sem porto

habitante das cidades ilusórias

nascidos sem dores de parto.

Sou filho do sol e da lua

no meu coração batem rimas,

no meu sangue circulam versos

e meu sorriso traduz poemas

jamais escritos por medo ou incerteza.

Cresci no meio de olhares,

alimentei-me de sentimentos diversos.

Crescendo dentro de almas estranhas

sou o poeta das rimas provisórias.

Meu alimento é paixão, ódio, amor

e todo sentimento existente

nas entranhas humanas

seja ele qual for

Sou filho do céu e do mar,

minhas veias são estradas infinitas

por onde passam caravanas ciganas,

minha mente imenso espaço

com profusão de estrelas e astros,

minhas mãos são pergaminhos sagrados

revelando segredos antigos,

meus olhos espelho de alma tímida

traduzindo versos que eu não quis escrever

por uma razão qualquer.

Meu destino é seguir eternamente

sem rumos ou guias,

por estradas vazias

que levam sempre ao meu lugar.

Sou filho do tudo e do nada,

da beira da estrada,

do chão e do ar.

Minha voz é doce balada,

cantiga suave para o mundo sonhar.

Sou som e sou cor

sou ódio e amor

sou vida, sou morte

sou sangue sem corte

Poeta eu sou.

Mauro Gouvêa