A dança das Horas

Era uma mulher de olhos frios

Cabeça baixa, corpo sombrio

Que caminhava farta de ser

A única face da deusa.

Era uma mulher em busca

De si mesma

Olhos voltados para dentro

Ouvidos distantes dos

Ruídos do cotidiano

Era uma mulher mundana

Puritana, agora uma puta!

Prostituta

Sagrada

Reconhece em seu espelho

Que possui mais de três faces

E tem todas elas

E todas elas são!

Era uma mulher única, agora não...

Emilia Ract
Enviado por Emilia Ract em 11/08/2008
Reeditado em 08/09/2008
Código do texto: T1123286
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