CONCEITOS HUMANOS

Criamos os nossos sonhos

De acordo com um suposto céu idealizado.

E contemplamos tantos

Marchando de religião e de ciência.

E quantas vezes nos esquecemos

Da simplicidade de um abraço sincero.

Encontramo-nos perdidos quase sempre,

Dentre convenções de palavras e etiquetas,

Mas não conseguimos vivenciar o perdão.

E céticos, vemos os amigos verdadeiros

Sumirem na poeira das estradas, sem um aceno,

Um adeus... e até logo!

E a sós em reflexão a dor é lancinante.

Queríamos uma companhia e geramos só saudade.

Mas o inexorável tempo é ilusão criada pelo amor,

Quando queremos apenas querer por querer.

Não pensamos naquilo que o outrem quer,

Almejamos apenas o prazer e o saciar-se.

Conjugamos apenas o verbo poder e o ter

E jamais se “nós pudermos”!

As mãos só são mãos porque conjugam: As nossas!

Os pés só caminham porque sendo dual, se harmonizam.

Nossos parentes, nossos irmãos, não são o pai, a mãe, o tio...

É apenas o nosso próximo!

Aquele que chega primeiro e socorre a necessidade urgente.

Quantas vezes dissemos que caminharemos juntos

E dispersos tantas vezes nos encontramos?

Quantas vezes professamos o Cristo e trilhamos

Caminhos hediondos? Porque não refletimos?

Queremos mas não buscamos,

Sentimos e não exteriorizamos.

Temos necessidade. Mas não exercitamos

A vontade e a fé. Porque?

Claudio Dortas
Enviado por Claudio Dortas em 15/09/2008
Código do texto: T1179489