Ilusão do corpo

Corpo, prisão finita de energia inesperada

Clausura da alma que anseia por liberdade

Corrente que prende partícula do Infinito

Corpo, que é massacrado por maleitas que consomem

Não maleitas que devoram o espírito

(não, essas não têm cura)

Mas chagas que após exaurir esse corpo

que envolve a extrema vibração

Não o extingue, apenas o deixa continuar sua extenuante missão

Façamos, pois, do corpo, o espelho de uma alma em ascenção

Um reflexo de um coração purificado

Uma cópia da alma que clama pelo silêncio

E que ele se faça presente em amor

Na sua breve passagem nesse mundo de ilusão

Eis que surge a verdade

A vida é ilusão, transparência que cobre a verdade

Mas um dia, num tão esperado dia

A alma se libertará dessa ilusão

E num impacto de poesia e cor

Uma nuvem de espectros esvoaçantes

Povoarão os céus, numa alegoria que comoverá os astros.

Ana Cristina Cattete Quevedo
Enviado por Ana Cristina Cattete Quevedo em 17/09/2008
Reeditado em 17/09/2008
Código do texto: T1182203
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