Ilusão do corpo
Corpo, prisão finita de energia inesperada
Clausura da alma que anseia por liberdade
Corrente que prende partícula do Infinito
Corpo, que é massacrado por maleitas que consomem
Não maleitas que devoram o espírito
(não, essas não têm cura)
Mas chagas que após exaurir esse corpo
que envolve a extrema vibração
Não o extingue, apenas o deixa continuar sua extenuante missão
Façamos, pois, do corpo, o espelho de uma alma em ascenção
Um reflexo de um coração purificado
Uma cópia da alma que clama pelo silêncio
E que ele se faça presente em amor
Na sua breve passagem nesse mundo de ilusão
Eis que surge a verdade
A vida é ilusão, transparência que cobre a verdade
Mas um dia, num tão esperado dia
A alma se libertará dessa ilusão
E num impacto de poesia e cor
Uma nuvem de espectros esvoaçantes
Povoarão os céus, numa alegoria que comoverá os astros.