Filosofia das Paredes
 
Elas tão caladas e paradas me fazem versar
Sem intensidade, mas pelo fato de falar
Apenas para quem nunca vai escutar
Ou quem sabe vai saber profanar
 
Meus versos calados e sem brio inebriado
Por hora cansada e fadada ao acaso
As paredes que agora me falam
Gritam o meu sentir abafado tão alado
 
Frias e quentes pelo amor latente
Do gozo que agora está ausente
Reflete-me a dor que o coração sente
Em que os corpos somente compreendem
 
Ah se as paredes falassem...
Não contariam muitas coisas a nós
Apenas o que já sabemos
E não queremos crer...
Samara Lopes
Enviado por Samara Lopes em 05/10/2008
Reeditado em 05/10/2008
Código do texto: T1213316
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