Ode ao soneto

"O que há de querer o ser humano

senão ver em soneto a alma transportada?

O que há de pressentir como fundo plano

senão em soneto ver a alma descarada?

Como em baile de máscaras

mostra-se em poesia

a alma protegida,

feita pura em demasia,

hora então tão desmedida.

É ali, na fina flor do papel

que a face se faz pura,

hora dor, hora fel,

hora alegria ou amargura.

É por papel que o deleite faz-se usura,

paradoxo infiel.

É por soneto que o papel vira deleite,

vira encanto do começo ao fim.

É por soneto, quero o homem aceite,

ver estampada sua face assim..."

Andrea Sá
Enviado por Andrea Sá em 09/10/2008
Código do texto: T1219643