Memórias do Paraíso

Aqui espreguiçado... Estirado na areia

Olho o mar vindo acariciar os meus pés

Vislumbro ondas distantes e espumantes

Parece dançar encrespadas e sincronizadas

No céu azul anil as nuvens brincam faceiras

Formando desenhos tal qual espuma d’água

E o sol beija atrevido a minha pele branca

Agradeço pelos raios de seu calor e ternura

Enquanto isso os coqueiros balançam e tremulam

Como a provar toda beleza que daqui descortina

Numa verdadeira alegria tal qual doce sinfonia

Do namoro da paz... Amante da eterna magia

No silêncio obsequioso do cordial sopro do vento

Como a candura de uma leve voz me acariciando

Não resisto e quedo diante teus versos chamando

O que parece é que tuas letras brincam pulando

Querendo pelos meus olhos fixar o momento

Aí sonho teus braços vindo ao meu enlaço

E no miolo dessa moldura pinto e bordo o amor

Incontido que estou no fogo ébrio do ardor

Volto a me ver em teus braços te amando

Sentindo o teu inebriante cheiro entrando

Domando e acendendo a volúpia sedutora

Em que tomo a tua boca junto à minha

Mordo faminto e leve os teus lábios úmidos

Enquanto minha língua roça e engole a tua

Respiro bem fundo ciente do instante único

No epílogo suspiro por felicidade tão lúdica.

Hildebrando Menezes

Navegando Amor
Enviado por Navegando Amor em 29/10/2008
Reeditado em 29/10/2008
Código do texto: T1254000