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Nua



A teimosia do eclipse em sua alma.
Brisas nas cortinas da íris, na calma
Da luz a cindir rubores com sal,
Sobre sua pele crepom virginal.

Todos os sonhos sob a maquiagem
Do sorriso, encanto e fingimento,
E o perfume tristonho da imagem
No númeno de seu ventre sedento.

Que o cio da culpa onívora não a dilua.
Um dia, à beira da eternidade, nua,
No sono da vida você vai se banhar.
No próteo crepúsculo, sob mudo luar!


 


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Ronaldo Honorio
Enviado por Ronaldo Honorio em 09/01/2009
Reeditado em 08/09/2020
Código do texto: T1375975
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