A Rosa

Alma de minha alma

Asserenada no caminho

A flor que guardo no peito

Cujas pétalas são inspiração

Trazem a lembrança perene

A serenidade e a consolação.

É a marca do beijo eterno

Insubstituível

Com que me presenteastes.

Lembrança dos espinhos sempre a povoar,

Junto à beleza da rosa,

Os jardins primaveris da vida.

Solitária num cordão ela está.

Anelada aos elos de ouro que em outras vidas construímos.

Repousa sobre o ápice do coração.

A delimitá-lo da fonte da razão permanece.

Como ímpeto fugaz a dizer-nos mensagem de luz:

‘’Desenvolve o sentimento e ilumina a inteligência.’’

A clamar por um jardim repleto de irmãs suas jaz a rosa

[solitária].

Jardim florido

No qual o perfume da noite se confunda com teu hálito de amor.

Onde outras rosas que respiram componham o hall de entrada

Da casa bem traçada

Na qual viveremos a servir.

Na ausência de teu cheiro

A sublimar meus pensamentos

Sobrevem-me o perfume da rosa;

Na ausência de teus braços

A delimitarem meu corpo

Revelam-se os limites das pétalas, tocados pelos dedos da destra;

As três cores e um mesmo material.

Uma mesma riqueza imperecível.

Ouro vermelho a falar do passado, lascivo.

Ouro branco a reclamar ao presente, purificação.

Ouro amarelo a predizer o futuro, coroação

[do amor].

Colibri
Enviado por Colibri em 14/01/2009
Código do texto: T1383583