A Rosa
Alma de minha alma
Asserenada no caminho
A flor que guardo no peito
Cujas pétalas são inspiração
Trazem a lembrança perene
A serenidade e a consolação.
É a marca do beijo eterno
Insubstituível
Com que me presenteastes.
Lembrança dos espinhos sempre a povoar,
Junto à beleza da rosa,
Os jardins primaveris da vida.
Solitária num cordão ela está.
Anelada aos elos de ouro que em outras vidas construímos.
Repousa sobre o ápice do coração.
A delimitá-lo da fonte da razão permanece.
Como ímpeto fugaz a dizer-nos mensagem de luz:
‘’Desenvolve o sentimento e ilumina a inteligência.’’
A clamar por um jardim repleto de irmãs suas jaz a rosa
[solitária].
Jardim florido
No qual o perfume da noite se confunda com teu hálito de amor.
Onde outras rosas que respiram componham o hall de entrada
Da casa bem traçada
Na qual viveremos a servir.
Na ausência de teu cheiro
A sublimar meus pensamentos
Sobrevem-me o perfume da rosa;
Na ausência de teus braços
A delimitarem meu corpo
Revelam-se os limites das pétalas, tocados pelos dedos da destra;
As três cores e um mesmo material.
Uma mesma riqueza imperecível.
Ouro vermelho a falar do passado, lascivo.
Ouro branco a reclamar ao presente, purificação.
Ouro amarelo a predizer o futuro, coroação
[do amor].