O bêbado e a equilibrista.

Tardia. rota. A vida.
Vívida eu temia..na corda..
Eu sentia a chuva que me molhava..em agonia.
Eu segurava uma sombrinha rasgada..nas mãos trêmulas..
Eu tinha um destino..viver.
Mas não tinha outro destino além desse....viver..
Eu sentia o relâmpago da melancolia..me cobrir..
E mesmo assim..eu me equilibrava..eu vibrava..
Eu sentia...a dor..
Que um dia..iria amenizar..em mim..
Mas nunca passaria..
A arquiteta de tudo, vivia..
E eu pobre, sem chinelos..equilibrava-me...eficaz..
Eu não tinha medo, mas horror, da morte..
..sorria..de tremor..e de audácia..
Mas era abençoada,..mesmo chorando..e rasgando a pele..
Eu não achava..saída..mas via luz.
Eu estava bêbada, de sofrimento, não de álcool..
Eu mantinha laços com o Altíssimo,porém tênues..
E então resolvi ..escrever..e assim me equilibrei...melhor..
Naquela corda bamba, de emoções..cruéis..e ardente..
Onde nem mesmo, a paz..poderia abrandar...
Valéria Guerra
Enviado por Valéria Guerra em 20/01/2009
Código do texto: T1395066
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