PROBABILIDADES

PROBABILIDADES

Juliana S. Valis

Quando multiplico todas as probabilidades do futuro

Por todos os sonhos, de todos os tempos,

Obtenho um número complexo que não me é seguro,

No labirinto escuro de tantos sentimentos

Que os prantos e os risos se dividem no muro

Entre a emoção e a lógica, como enigmas sempre lentos

De uma resposta que não terei...

E quando tento projetar múltiplas emoções no tempo,

Como transmissões de slides de múltiplas visões,

Não consigo captar a tecnologia de qualquer sentimento,

Pois, hoje em dia, os computadores têm tudo, exceto corações,

E as versões, no ápice da alma, de um software - engajamento

Nunca foi humanamente anunciado nas televisões...

Ah, se fosse ao menos possível subtrair as dores

E descartá-las como vírus de uma álgebra humana,

Talvez somássemos sonhos e mais amores,

Talvez soubéssemos a cura dessa realidade insana !

Mas o que fazemos, no mundo digital ?

Somamos segredos e senhas virtuais,

Atravessando uma tela que, bem ou mal,

Torna-se um possível quadro do todos nós, mortais...

Enfim, a tecnologia, a sós, é uma ferramenta,

Com probabilidades infinitas de azar ou sorte,

No mar de dígitos que nosso raciocínio enfrenta

Ou nas dimensões que a alma agora nos comporte.

Juliana Silva Valis
Enviado por Juliana Silva Valis em 25/01/2009
Reeditado em 25/01/2009
Código do texto: T1402980
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