TRÊS TOCOS.
TRÊS TOCOS.
Três tocos, nas mãos de um louco.
Silêncio tão rouco querendo gritar.
Sentir o eco voltando ao longe,
Aonde as pernas, não podem chegar.
Mais o espírito conduz sua pena.
E o seu lápis o destino encena.
Gritar, chamar o teu nome.
No céu ele some, são tocos no ar.
Grifei, escrevi tanta página.
Que o negro grafite não tarda findar.
São tocos que gastam papiro.
De tão antigo se gastam comigo.
Três tocos escrevem esse texto.
Que há tempos exprimem emoção.
Marcaram a minha vontade.
Não sei a idade do meu coração.
E sei que os tenho guardado.
Na caixa do tempo, na palma da mão.