Entre Camôes e a Patativa.

Entre Camões e a Patativa.

Em Assaré, lá no Ceará.

Ouve-se o canto lindo da “Patativa”.

Camões soa forte nos seus falares.

Com seus barões e doces mares.

Supreso, como um passarinho.

Ou com o “passarão de Quintana”.

Cotoco de um olho, mais iluminado.

Reverbera sua voz pela savana.

Há! Assaré dos cordéis!

Das pessoas simples aos coronéis.

Autodidata de alma e da vida.

Deixou-nos a palavra e os anéis.

Um fole torna musica sua poesia.

Nos sete baixos de Gonzaga e melodia.

Dedilhada ao violão de Fagner.

Num maravilhoso anoitecer na tarde.

...E a “Patativa do Assaré” ditou...

As armas e os barões assinalados,

Que da ocidental praia Lusitana,

Por mares nunca dantes navegados,

Passaram ainda alem da Taprobana,

E em perigos e guerras esforçados

Mais do que prometia a força humana,

E entre gente remota edificaram

Novo reino, que tanto sublimaram.

Honorato Falcon
Enviado por Honorato Falcon em 16/03/2009
Reeditado em 25/09/2009
Código do texto: T1489604