Entre Camôes e a Patativa.
Entre Camões e a Patativa.
Em Assaré, lá no Ceará.
Ouve-se o canto lindo da “Patativa”.
Camões soa forte nos seus falares.
Com seus barões e doces mares.
Supreso, como um passarinho.
Ou com o “passarão de Quintana”.
Cotoco de um olho, mais iluminado.
Reverbera sua voz pela savana.
Há! Assaré dos cordéis!
Das pessoas simples aos coronéis.
Autodidata de alma e da vida.
Deixou-nos a palavra e os anéis.
Um fole torna musica sua poesia.
Nos sete baixos de Gonzaga e melodia.
Dedilhada ao violão de Fagner.
Num maravilhoso anoitecer na tarde.
...E a “Patativa do Assaré” ditou...
As armas e os barões assinalados,
Que da ocidental praia Lusitana,
Por mares nunca dantes navegados,
Passaram ainda alem da Taprobana,
E em perigos e guerras esforçados
Mais do que prometia a força humana,
E entre gente remota edificaram
Novo reino, que tanto sublimaram.