Lixo cósmico

Vacilo no caminho dos perigos

Sangro ferido

Um animal feito de incêndio e dor

Quero estar na voz do orvalho

Na melancolia dos anjos

Sinto a recordação naufragar

Entre os lençóis da luxuria

Minha sombra arrebata

As partículas do sonho

Os nêutrons da divindade morta

Fujo na escuridão

Dissipo-me nas lágrimas de ouro

De algum ídolo amaldiçoado

Fico no plasma como no oceano

Que dorme em cada alma

Reparo a distancia e vejo

O sono dos objetos em estado de coisa

A referencia dos jogos

Que ninguém ganha

As algas se afogam em fuligem

Enquanto orbito em êxtase

Buscando respostas

Na lata de lixo da eternidade...

Luis Felipe Saratt
Enviado por Luis Felipe Saratt em 20/03/2009
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