Indigno fiel
Sinto uma dor inexata
Um suspiro suspenso
Na recordação esquecida
Um cosmo manchado de dor
Um silencio refém destas palavras
A própria tristeza lamenta
Seu estado de sentimento
É sua sina de voz
Sou testemunho das lágrimas
Esmolas da carne na carne
Para o sacrifício
Dos passos em meio aos espinhos
Onde tudo descansa
Feito de osso o sonho aguarda
A medula sem medo
Os nervos que fornecem pesadelos
Quando tudo é em vão
Uma formiga pesquisa meu pensamento
Joga sua sabedoria de luz
No lodo de meu esquecimento
Sinto a saga acabar
O sangue morrer ainda úmido
E quando o futuro me ferir
Esfregarei meu sonho
Na cara dos anjos
E minha sombra
No sexo dos deuses!