Andorinha, andorinha!

Andorinha, Andorinha!

Andorinha, andorinha, meu hino.

Fui à busca da “Bandeira”,

Encontrei Ítalo Calvino.

Com seus contos futurísticos.

Seus barões surrealísticos.

Em arvoredos fantásticos.

Reminiscência de Manoel.

Com seus pulmões de papel.

De alma densa e iluminada.

A pena já em Parsagada.

Eu, com a flâmula já lida.

Calçando “a bota” da vida.

Andorinha, andorinha, voa nesse país.

Onde a alma é feliz.

O cerne não contradiz.

Posso casar com quem quero.

Cantar um tango bolero.

Ciscar como o “quero-quero”.

Vou embora pra outras plagas.

Pelo cipó desse enredo.

Voar sem causa e sem medo.

Pois sou amigo do rei.

E da menina também.

Que vai comigo alem.

Andorinha viajante!

Itálica e tão bandeirante!

Aos meus amigos Manoel Bandeira e Ítalo Calvino.

Honorato Falcon
Enviado por Honorato Falcon em 24/03/2009
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