Andorinha, andorinha!
Andorinha, Andorinha!
Andorinha, andorinha, meu hino.
Fui à busca da “Bandeira”,
Encontrei Ítalo Calvino.
Com seus contos futurísticos.
Seus barões surrealísticos.
Em arvoredos fantásticos.
Reminiscência de Manoel.
Com seus pulmões de papel.
De alma densa e iluminada.
A pena já em Parsagada.
Eu, com a flâmula já lida.
Calçando “a bota” da vida.
Andorinha, andorinha, voa nesse país.
Onde a alma é feliz.
O cerne não contradiz.
Posso casar com quem quero.
Cantar um tango bolero.
Ciscar como o “quero-quero”.
Vou embora pra outras plagas.
Pelo cipó desse enredo.
Voar sem causa e sem medo.
Pois sou amigo do rei.
E da menina também.
Que vai comigo alem.
Andorinha viajante!
Itálica e tão bandeirante!
Aos meus amigos Manoel Bandeira e Ítalo Calvino.