Visões
Luzes incandescentes
brilham agora aqui.
Discos voadores passeiam
e suas acrobáticas visões,
são confusas, psicodélicas.
Nada é tão bonito,
como o arco-íris.
Nem mesmo estas visões.
Ao longe, espumas flutuantes
despejam nas gaivotas
sua fúria indomável.
Parecem lágrimas de algum
deus da antigúidade.
Netuno, talvez.
O acaso sempre disposto
à acontecer,
mira sua vítima.
É a própria vontade
de destruir,
acabar com tudo,
com todos.
Acabar realmente com a vida.
Mas as visões acabam
num repente inesperado.
E traz a vontade de viver
assim mesmo.
Sempre à espera do arco-íris!