A CHUVA QUE (NÃO) LAVA A ALMA

A chuva que (não) lava a alma

Da tumba Inconsciente ressuscita;

Desejo incontido que não se acalma

Da incerteza que ela, alma, suscita.

Dilúvio interno d'uma mente obcecada

Pela corretidão das leis morais;

Não adimite uma ação despudorada

Posto que é violenta a ditadura que ela vos rogais.

Do obscuro do espírito eis que começa a surgir

Incontroláveis anseios opostos a tal rigor

E todas as regras ditas pudoradas destruir.

Do Consciente discernimento da razão

Que via censura tenta ofuscar qualquer emoção

Vem o abate do profundo Inconsciente e de seu horror...

Poderá mesmo ser assim?

Tiago Curralo
Enviado por Tiago Curralo em 25/04/2009
Código do texto: T1558814
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2009. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.