Olhares, Julho, 1978.

Quanto rosto em minha vida,

perdida, partida, fêz estraçalhada,

bem no meio da estrada.

Que hoje, sequer outrora tem.

Em olhares perdidos, vêm e vão,

ora tristes, ora desesperados,

olhares culpados, feito pedidos de perdão

Quanto rosto, feito máscaras

em olhares apenas, hoje me vêm.

Desnudos e indefesos, eu não os sabia ter.

Em minha vida, quanto rosto

Bem no meio da estrada; me vêm cruéis

E vêm.

Passageiros do do tempo a marcar meu rosto

que passageiro também, sequer outrora tem.

Eles vêm e vão,

feito olhos perdidos , procurando um rosto,

no meio da estrada perdido.

-Estraçalhado e partido, eu não o tinha.

Em minha vida, quanto rosto.

Bem no meio da estrada...

Regina Martins Vita
Enviado por Regina Martins Vita em 22/05/2009
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