Olhares, Julho, 1978.
Quanto rosto em minha vida,
perdida, partida, fêz estraçalhada,
bem no meio da estrada.
Que hoje, sequer outrora tem.
Em olhares perdidos, vêm e vão,
ora tristes, ora desesperados,
olhares culpados, feito pedidos de perdão
Quanto rosto, feito máscaras
em olhares apenas, hoje me vêm.
Desnudos e indefesos, eu não os sabia ter.
Em minha vida, quanto rosto
Bem no meio da estrada; me vêm cruéis
E vêm.
Passageiros do do tempo a marcar meu rosto
que passageiro também, sequer outrora tem.
Eles vêm e vão,
feito olhos perdidos , procurando um rosto,
no meio da estrada perdido.
-Estraçalhado e partido, eu não o tinha.
Em minha vida, quanto rosto.
Bem no meio da estrada...