Ergue-te

Ergue-te

Repara no sol, como nasce.

Repara naquele pequeno globo

Simples chama laranja, como fruto

Que lenta e pesarosamente cresce

No seio da árvore, firmemente

Cativo da seiva que desta recebe.

Como evolui, colorindo-se

Até completar o ciclo, amadurecido.

Pujante no firmamento, lentamente,

O astro posiciona-se, alcandorado,

Na altivez da sua real presença.

Para deleite dos humanos que sugam

A sua virtude na submissão do olhar.

Também a vida de cada um, pode ser

Um sol radioso, assim se predisponha

A madrugar e preparar a jornada diária

Indiferente a todas as vozes que reparam

Na lenta e calma caminhada rumo ao radioso

Semeando a cada passo da jornada, as flores

Que perfumam o seu destino.

Erga-se o sol de cada um…

Como bandeira

No mastro da sua vida.

© Luís Monteiro da Cunha