CHÃO DEVASTADOR

Não representa apreço desfazer

o clã que desta vez me fez corar;

fingir nem um afã me vai trazer

de volta o tão silenciado arvorar!

Se há constância e resignado querer,

Por que comportas visível torpor?

Transparecendo dolente sofrer,

canta a coruja arrepio e pavor!

Recrudescendo ao latido dos cães,

um lobisomem aos vestígios da noite,

na encruzilhada o esquadrão matador!

À impunidade – oligarquias vilãs

desafiadas, abaixam o véu em açoite,

na frigidez do chão devastador.

Zecar
Enviado por Zecar em 11/05/2005
Reeditado em 20/07/2016
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