(imagem Google)



A Poesia Se Levanta


A cidade dorme,
a poesia se levanta,
a sentir a brisa das conquistas não desfrutadas,
das palavras ainda não ditas,
das metas inacabadas,
dos sonhos anseados,
dos beijos nem sequer roubados,
a cidade dorme,
a poesia já está de pé,
na espreita das frases não faladas,
da saudade não sentida,
das vitórias não galgadas,
da esperança adiada,
a cidade dorme,
a poesia faz vigília,
a observar a dor silenciada,
o grito que não ecoa na imensidão da madrugada,
o pedinte que não pede,
a fome que não corrói,
a dor que não mais se sente,
a ousadia que não é valente,
a cidade dorme,
a aurora anuncia,
e a poesia sonolenta sorrateira silencia,
pois,a cidade já está de pé.

O Poeta do Deserto (Felipe Padilha de Freitas)
Enviado por O Poeta do Deserto (Felipe Padilha de Freitas) em 04/08/2009
Reeditado em 12/02/2011
Código do texto: T1735549
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2009. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.