Contemplação

Sinto o vento
sirvo a ele
que seja como um escravo
jamais para pisar
ao chão dos pesares.

Quando tudo se cala
o verso se cala
revoando junto aos pássaros
me consolando ao seus cantares
cantos
encantos

Sirvo ao vento
navegando nas naus do infinito
jamais pisando nos versos
recolhidos no coração
deste concreto chão celestial.