Manto da sanidade
Torno-me santa ao sentir o sino, o barulho é ensurdecedor.
Escrevo poesia se fico em silêncio dentro de mim...
E me torno Poetisa se busco o inefável em meu ser.
Me salvo do abismo subindo em segredos
[dos medos, dos tempos, da eternidade.
Exponho o apocalipse do mundo, do meu mundo.
Sou dona da verdade, estou completa.
Sou a própria mentira, nada está completo.
Busco refúgio em minha limpidez e uno-me à razão.
Deixo-me ser tocada pela sanidade.
Percebo o caos em mim, submergida em divagações, disperso em ecos longínquos.
Em movimentos irregulares meus pensamentos flutuam no universo paradoxal do indefinido.
Rogo, em prece sem fé, ao inalcançável e concedo a mim novo respirar.
Recorro ao meu silêncio e faço versos...
Regresso e tenho a resposta do inefável e faço poesias.