Insana ceia

Rumo tão estranho

Comida servida em prato de estanho

Azinhavrado pra me envenenar

Apostolado fermentado pronto no enquadro

Nos versos decepados

Um tanto azumbrados pra me impressionar

Não deixo as esquinas por onde passo

Nos passos de voar

Trato da minha sina

Pra fora dessa moldura vou me encaixilhar

Na hora de tão cedo encarapinhar procuras

Meus gritos não são de festim

O amor coisa morta

No pouco que importa

Vivo ser só pra morrer

Fica esperança mesa posta

Cansada como velhice

Cheia da crendice de que vai sobreviver

Sirvo-me

Vomito-me

Como-me

É o que tenho pra me alimentar

Doravante gira mundo

Triturando veleidades

A de supor imortalidade quando criança

Joga teus desalinhos

Onde te subirei à torre

Ainda esta manhã

De tão próxima me avistarei

leandro Soriano
Enviado por leandro Soriano em 16/06/2006
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