POEMA 1

POEMA 1

É a necessidade que me consome
Tal qual o ferro moldado a aço
Como a água que evapora ao mais sombrio dos calores
Ao inóspito coração da estrelas
Bem como eu havia sonhado milênios antes de vir pra cá

Eu me inclino ante as potestades da terra e do céu
Mergulhando no meu mais profundo bel-prazer
De acordo com meu ego desvanecido
E ao mesmo tempo em que me sustenta nessa vida mundana de ninguém

D acordo com as asas do vento que me levam cada vez mais para o lugar comum
Vejo que minha vida se resume ao grande nada perante o Universo
O grande multiverso que me contem q que contem todas as minhas vidas anteriores e superiores

O abraço do despertar das relíquias eternas
Não me surpreende quando eu tento ver tua voz de novo no espelho do meu quarto
Tudo me contem e eu contenho o Tudo
Estou de acordo com todas as conformidades do Universo
Vivo minha vida como uma arvore monogâmica
Solitária e adversa a todas as solidões que me podem presentear

Galgarei os calcanhares de quem quer o meu mal
E atravessarei todos os vales em chamas
Respirarei o vento das estrelas
Assim como as águas profundas de um mar que já se esqueceu

Eu sou o ar de todas as sombras
Eu sou a relíquia de um relicário esquecido pelo tempo
Mas que não se apagou da memória de quem tem fome de Justiça
Advenha o tempo comum onde todas as coisas se unirão em uma só apenas

É o caos que me vem a todo instante
É o rio de lagrimas que corre corre e não lava sequer o que deve ser limpo
É a chama de minha alma que te consome
É o meu sopro de vida que se consome
Rônaldy Lemos
Enviado por Rônaldy Lemos em 20/06/2006
Reeditado em 28/06/2006
Código do texto: T178728