SilenciosaMente

No vácuo silencioso de nossas mentes,

Sedentas de inspiração, qualquer que for,

Simples, clara, mas que seja inspiração.

Paira o desejo de expressar

As coisas escondidas nas entranhas do ser.

Grande caçada de palavras, guerra árdua,

buscando dar sentido à indefinida forma,

e nesse silencioso vácuo o poeta transfigura-se

em mil faces, perdido no labirinto da mais

dangerosíssima façanha de transmitir,

do vácuo silencioso, o poema concreto,

o poema abstrato, o poema Drummondiano,

Pessoniano, o poema da forma indefinida das nossas mentes.

Nessa luta não há vencedor ou derrotado,

há só um poeta cansado da guerra eterna,

contra seus limites de transpor o intransponível

vácuo silencioso de nossas mentes.

Nota:

Poesia escrita por Freitas de Carvalho e Laerte Brandão Sancho.

Freitas de Carvalho
Enviado por Freitas de Carvalho em 26/06/2006
Código do texto: T182574