SilenciosaMente
No vácuo silencioso de nossas mentes,
Sedentas de inspiração, qualquer que for,
Simples, clara, mas que seja inspiração.
Paira o desejo de expressar
As coisas escondidas nas entranhas do ser.
Grande caçada de palavras, guerra árdua,
buscando dar sentido à indefinida forma,
e nesse silencioso vácuo o poeta transfigura-se
em mil faces, perdido no labirinto da mais
dangerosíssima façanha de transmitir,
do vácuo silencioso, o poema concreto,
o poema abstrato, o poema Drummondiano,
Pessoniano, o poema da forma indefinida das nossas mentes.
Nessa luta não há vencedor ou derrotado,
há só um poeta cansado da guerra eterna,
contra seus limites de transpor o intransponível
vácuo silencioso de nossas mentes.
Nota:
Poesia escrita por Freitas de Carvalho e Laerte Brandão Sancho.