Aqui estou e este é o meu lugar.
Até quando? Não sei.
Quem me enviou não o disse
E se negociou comigo,
Não me recordo...

"Disseram-me" sob murmúrios
Que tenho uma tarefa a cumprir...
Por intuição, n’algumas vezes
Depreendo estar a executá-la.
Se a contento, quem poderia dizê-lo?

Levo-a a efeito por amor e prazer.
N’outros momentos, por mero impulso.
Também as negligencio,
Seja por desobediência consciente,
Ou por enfado.
Seja porque minha outra parte se rebela.

Há “forças” ou encargos difíceis
De serem questionados, mormente quando
Não se nos oferecem alternativas.

Por isso continuo aqui.
Ainda que mais perto de mim quisesse estar
E embora meu próprio senhor desejasse ser,
Obedeço e assim será.