recordações periféricas de uma alma quase absoluta

acordei e vi cada ferida que eu tinha
amargurado pelo pecado eu me entreguei ás minhas dores profundas
e disse a mim mesmo que jamais repetiria aquilo que se passou em épocas anteriores a essa
que tudo o que vivi foi um sonho promiscuo
onde em cada dia eu trocava de envoltório celular

a subida da minha alma aos céus não foi assim tão fácil
me dediquei duramente a melhorar a mim mesmo
fiz tudo oi que eu podia para alcançar os palácios de ouro
e assim mesmo quando fui expulso
dediquei a destruir a todos com a minha mágoa reprimida

tudo o que eu fiz não foi em vão
mas não é a toa que cansei mesmo da minha vida terrena
cada dia era uma luta
embora eu não devesse desperdiçar nada do que se passava comigo
pois tudo era um aprendizado
e eu ficava feliz quando errava errava e errava

todo tormento me fazia uma pessoa insana
incapaz de amar ou ser perdoado
minhas dividas nunca iriam se acabar
se eu fosse realmente viver com você amargamente

deixo minha vida terrena para trás
mergulhado em tantos prazeres decrépitos
em tantos vícios que a tantos corrompem
e que cada vez mais me fazem olhar e ver o quanto errei

sou um horizonte perdido entre as estrelas
sou o canal de comunicação entre o Espaço Infinito e Interior
e se você quiser ainda pode o ser
basta querer
você ainda pode
você está vivo em carne
fazendo circular a maravilhosa energia do Sol Central em suas veias

alegre-se para a Vida
porque embora muitos pensem erroneamente
a Morte também é Vida
queria eu estar nesses dois lugares mágicos do universo
contemplando tudo o que já passou
e o que ainda virá
comigo e com o resto da humanidade
das miríades d estrelas
ate o fundo da minha alma sintonizada com o Criador


peço e agradeço
que todos tenham um final feliz
ainda que mergulhados em uma vida desregrada ou desgraçada
merecedora de méritos ou punições
pois que um dia éramos barro completo
e amanha pode ser Alma Absoluta e leve com os ventos do amor...
Rônaldy Lemos
Enviado por Rônaldy Lemos em 29/06/2006
Código do texto: T184701