Final de estação

Já se vão longe as folhas

soltas, dançando ao ritmo

Da mudança de tempo

Que anuncia chuvas

O que ontem era verde, florescendo

Hoje tinge de amarelo a paisagem

arrastadas pelo vento de agosto

cobrem os jardins e as praças.

Já se vão também os anos

das folhas dos calendários

na célere ampulheta do tempo

Que anuncia as fases da vida.

O que ontem era sonho, dourado

Hoje tinge de cinza, os cabelos

desalinhados pela direção dos ventos

traçam marcas na face, cobram de forma implacável o tempo vivido (e o não vivido).

AjAraújo, o poeta humanista, escrito em Agosto de 2009.