Marcel: amuleto e paliteiro.
Marcel: amuleto e paliteiro.
Lá estive enumeras vezes.
Por frutas, bolachas, cervejas...
Matar a fome em mim...
Naquele maravilhoso pudim.
Por entre o pisar sorrateiro.
Porem, espírito ereto.
Seguir a trilha doméstica.
Com a mente magra e dispersa.
Simpático de rosto severo.
Uma das mãos sobre o cesto.
Ali estava Marcel...
Com seu olhar cético, etéreo.
A mão direita nas ancas.
Desenha um quatro nas pernas.
O seu bigode vistoso.
E o chapéu tão pomposo.
Não o lembro da outra casa.
Lembro-o agora na nova.
Surgiu na bela cozinha.
Que cheira a tinta, novinha!
Cheirando a bolo e quindim.
Molhos e novos temperos.
Tenho ao lado a igreja.
Aparecida, a benfajesa.
Ó, meu gourmet dos palitos.
Aplaca fome e os mitos.
Nessa copinha tão linda...
Lembro da nano-galinha.
Na casa antiga, na pia.
Já não ciscava alegria.
Foi-se sem muito acinte.
Do “Condomínio Requinte”.
Marcel e o cesto incomum.
Com seus palitos de dente.
Uma figura francesa.
Por entre o novo e a mesa.
Brindo com pão e com vinho.
No “Aquárius Residence”.
Senhora da Aparecida.
Um novo tempo e a vida!