Marcel: amuleto e paliteiro.

Marcel: amuleto e paliteiro.

Lá estive enumeras vezes.

Por frutas, bolachas, cervejas...

Matar a fome em mim...

Naquele maravilhoso pudim.

Por entre o pisar sorrateiro.

Porem, espírito ereto.

Seguir a trilha doméstica.

Com a mente magra e dispersa.

Simpático de rosto severo.

Uma das mãos sobre o cesto.

Ali estava Marcel...

Com seu olhar cético, etéreo.

A mão direita nas ancas.

Desenha um quatro nas pernas.

O seu bigode vistoso.

E o chapéu tão pomposo.

Não o lembro da outra casa.

Lembro-o agora na nova.

Surgiu na bela cozinha.

Que cheira a tinta, novinha!

Cheirando a bolo e quindim.

Molhos e novos temperos.

Tenho ao lado a igreja.

Aparecida, a benfajesa.

Ó, meu gourmet dos palitos.

Aplaca fome e os mitos.

Nessa copinha tão linda...

Lembro da nano-galinha.

Na casa antiga, na pia.

Já não ciscava alegria.

Foi-se sem muito acinte.

Do “Condomínio Requinte”.

Marcel e o cesto incomum.

Com seus palitos de dente.

Uma figura francesa.

Por entre o novo e a mesa.

Brindo com pão e com vinho.

No “Aquárius Residence”.

Senhora da Aparecida.

Um novo tempo e a vida!

Honorato Falcon
Enviado por Honorato Falcon em 17/12/2009
Reeditado em 23/12/2014
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